HAT-P-3b
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Atalaia, 1 de Agosto de 2007.
O equipamento utilizado para de capturar o transito do Hat-P-3_b foi o seguinte:
Montagem Losmandy G11 equipada com Gemini
Optica Orion Optics SPX250F4,8 do José Rola
Camera Sbig ST8XME
Filtro IR Block
Badder MPCC coma corrector
A noite apresentou-se com uma brisa menos ligeira que o habitual criando algumas dificuldades na guiagem
do grande tubo do newtoniano.
Após a rotina do costume que inclui aplicar repelente dos mosquitos, montagem do equipamento,
calibração, alinhamento e focagem, enquadrei a estrela GSC 3466:0819 que se encontra na
constelação da Ursa Maior.
Finder criado com o KStars
No inicio procedi a algumas capturas de teste para determinar o tempo de exposição
a ser utilizado. Fiquei-me pelos 60 segundos de exposição e dei inicio á sequencia de captura.
Como referencia recolhi do TransitSearch.org os segintes dados:
Inicio do transito : 21:38UT
Fim do transito :23:55UT
A captura foi iniciada ás 21:33UT terminando ás 00:58UT e foram capturadas 126 imagens de 60s.
Foi a primeira sessão com este newtoniano que apresentava
estrelas ovais, como não havia tempo de tentar corrigir esse defeito optico conclui a sessão assim mesmo.
Qualidade do seeing durante a sessão, no final vemos o resultado da condensação no espelho secundário.
Fazendo a analize global da variação ocorrida durante a sessão notamos claramente a influencia da
grande massa de ar na fase final das capturas traduzida numa maior dispersão.
Linha orientadora.
Podemos observar no plot abaixo a evoluão da massa de ar. No inicio da sessão o alvo já se encontrava
bem abaixo terminando com uma massa de ar cerca de 3.5 o que é de todo a evitar. Neste caso foi
uma ultima oportunidade de fazer este transito no final de época, senão só daqui a uns meses
a estrela estará numa posição mais favoravel.
Variação da massa de ar da estrela durante a sessão.
No grafico abaixo temos sobrepostos os dados de uma estrela de comparação e os dados da estrela
HAT-P-3 que sofre a variação de intensidade de luz pelo facto do planeta que a orbita estar em transito.
Plot do transito completo. É bem visivel o efeito de "depressão" suave caracteristica do transito de exoplaneta.
Depois das capturas vem o tratamento das imagens, é necessário "reduzir", nesse processo são
utilizados os Darks, Flats e Bias para a obtenção de imagens corrigidas e prontas a passarem
ao processo seguinte: A Fotometria.
Para a fotometria existem alguns programas para executar a tarefa, em ambiente Windows utilizo
o Iris e o Audela. Em linux uso na mesma o Iris que corre perfeitamente com o WINE, o Audela
versão linux, GCX, IRAF e o Gaia.
O cuidado a ter com as imagens para a fotometria passa pela escolha individual de cada frame
para detectar possiveis anomalias, tais como raios cósmicos ou decaímento radioactivo que
estejam junto das estrelas escolhidas. A escolha das estrelas de comparação também é de estrema
importancia, temos que ter atenção ás variáveis e também á cor da estrela que deve ser de
preferencia da mesma classe espectral ou o mais próximo possivel.
Feita a fotometria é altura de mostrar o resultado, a escolha vai para um programa que faça
graficos tipo Excel ou o OpenOffice, mas para uma apresentação mais pro utilizo o Gnuplot que
além de ser muito bom é de borla.
TOP ^
FIM
Joao Gregorio
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